De forma incoerente, desastrada e
maldosa, a Prefeitura Municipal de Mossoró (PMM) cortou o ponto de alguns
professores que encerraram a greve no último dia 17.
Incoerente, pois quebrou
o acordo firmado no Ministério Público (MP), onde ficou estabelecido a criação
de um calendário para a reposição das aulas. Com o corte, o calendário perde o
sentido de existir. Se o ponto foi cortado, os professores não devem dias
letivos.
Desastrada pois
cortou o ponto sem critérios claros e de forma atabalhoada: puniu quem não
esteve de greve. Professores em greve receberam integralmente, outros mais,
outros menos. Professor que estava de licença, teve desconto em seu salário. O que
atesta que o ato da prefeitura é, antes de qualquer coisa, um ato de repressão,
de punição e intimidação aos professores.
Maldosa porque
ignora que alguns professores e professoras têm apenas o seu salário como fonte
de sustento dentro de casa e, com o corte, passarão por sérios problemas
financeiros. Sem contar no prejuízo ainda maior aos alunos, que podem ter o ano
letivo ainda mais comprometido.
Em assembleia realizada nesta terça-feira
(30), os professores deliberaram que, caso não sejam restabelecidos os seus
salários, o calendário elaborado e discutido ainda na tarde desta segunda-feira
(29) com o Conselho Municipal de Educação também não será cumprido.
Reconheceram ainda o Termo de Acordo
elaborado pelo Sindicato dos Servidores
Públicos de Mossoró (Sindiserpum), onde eles reafirmam MAIS UMA VEZ o
compromisso de reposição das aulas como peça que lhes representará junto à
Justiça na audiência marcada para o próximo dia 08 e não o termo que a PMM está
tentando impor aos professores (Veja Termo do Sindiserpum abaixo).
O Sindiserpum protocolou hoje o
Termo junto ao Conselho Municipal de Educação, à Secretaria de Educação, à
Secretaria de Administração e ao Gabinete da Prefeitura e também será levado à
audiência na 3ª Vara da Fazenda Pública.
Publicado em 30 de abril de 2019. © Assessoria de Comunicação Sindiserpum.
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