Procurando aproximar a sociedade
do Ministério Público (MP), a Corregedoria Geral do Ministério Público do Rio
Grande do Norte (MPRN) promoveu nesta quinta-feira (7) uma audiência pública na
Câmara Municipal de Mossoró (CMM).
O Sindicato dos Servidores Públicos
Municipais de Mossoró (Sindiserpum) esteve presente ao evento, e em sua fala, a
presidente Marleide Cunha, falou sobre o sucateamento dos equipamentos públicos
e a falta de materiais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Mossoró.
Falou ainda sobre as más
condições das Unidades de Educação Infantil (UEI), algumas abrigadas em cubículos
e sem nenhuma estrutura, e relatou casos até de esgoto passando por dentro de salas
de aula.
Marleide citou ainda casos
recentes na administração pública de Mossoró que precisam de um olhar atento do
Ministério Público: “A população de Mossoró pede socorro ao MP. Segundo a
Constituição brasileira, ‘o poder emana do povo’, mas em Mossoró a impressão é
que existe um poder maior. Poder este que derruba audiência pública para discutir
questões importantes, como o atraso de pagamento dos servidores terceirizados
da cidade; que arquiva CEIs que deveriam investigar possíveis irregularidades
em contratos da Prefeitura. Um poder que tudo pode e sob o olhar silencioso do
Ministério Público”.
Ao final da palestra, presidida
pelo procurador de Justiça e corregedor geral do MPRN, Anísio Marinho Neto,
Marleide solicitou um posicionamento do MP sobre o pedido de investigação protocolado
pelo Sindiserpum sobre possíveis irregularidades e uso de dinheiro público
durante o Mossoró Cidade Junina.
Falou ainda, de forma particular com
a corregedora-adjunta, Sayonara Café de Melo, se informando como deveria
proceder para pedir uma intervenção do MP no sentido de investigar os contratos
da empresa Vale Norte, responsável pela coleta de lixo em Mossoró e que já
obteve nos últimos anos, mais de 53% de reajuste em contratos efetivados com a
Prefeitura de Mossoró sem licitação.
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