Naquela ocasião nos espantava o
caso da UBS do bairro Abolição II, assaltada duas vezes e arrombada no dia
seguinte ao último assalto. Eliete cobrava providências, mas elas não vieram.
Na tarde desta quarta-feira (08), a
Escola Municipal José Bernardes, na comunidade rural de Passagem de Pedras foi
a vítima da vez. Quatro homens invadiram o local e fizeram funcionários,
professores e alunos de reféns, como direito à arma de fogo na cabeça e ameaças
de morte.
Vários celulares foram levados,
deixando para trás o trauma e a sensação de abandono em que se encontram os estabelecimentos
públicos de Mossoró. Não bastasse a falta de segurança, também reina a falta de
sensibilidade por parte da gestão ao determinar que a escola assaltada
reabrisse suas portas nesta quinta-feira (09), “normalmente”, como se isto
fosse possível, como se fosse “normal” crianças presenciarem atos de tamanha violência
e mais uma vez, por muito pouco, não tendo vítimas fatais.
A diretoria do Sindiserpum esteve
presente à escola na manhã de hoje e constatou o clima de tensão entre os
servidores, alguns ainda em choque, choram e clamam para que alguma medida seja
tomada com urgência. Outros, não estão com condições psicológicas para um
retorno imediato, como quer a Secretaria de Educação e não irão atender ao
comando insensível da gestão.
Os relatos da violência sofrida,
inclusive por crianças é chocante. Esperando que isto, sinceramente não seja
uma espécie de mal presságio, mas diante de uma realidade cada vez mais dura. A
pergunta a presidente do Sindiserpum volta a ecoar sem respostas: será mesmo
que a gestão vai esperar acontecer uma tragédia para poder agir?
“Os servidores públicos municipais
de Mossoró clamam há muito tempo por segurança nos locais de trabalho. Eles estão
vulneráveis cotidianamente a terem armas apontadas em suas cabeças a serem
ameaçados de morte e sua saúde emocional fica abalada. Repito a pergunta: Que
tipo de tragédia a Gestão está esperando acontecer para proporcionar segurança
nos equipamentos públicos municipais de Mossoró?”, reforça Eliete.
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