O protesto realizado na manhã desta terça-feira (30) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte contou com a presença de vários servidores da Saúde, não só plantonistas, segmento mais afetado pela retirada dos 40% da insalubridade Covid-19 por parte da gestão Alysson Bezerra.
Em suas falas, algumas emocionadas,
servidores chamaram a atenção para as vidas perdidas de profissionais que
atuaram naquela Unidade e as consequências psicológicas ainda vividas por eles
até os dias atuais e a necessidade de uma valorização de verdade, ao invés de
uma retirada de direitos em um momento tão tenso como agora, quando a pandemia
ainda mostra sinais de evolução e de variações do vírus.
“Não nos enganemos, daqui para
fevereiro teremos um aumento significativo no número de casos e será pior,
porque não temos mais as Unidades de Terapias Intensivas montadas e seremos
pegos todos de surpresa novamente. Estamos tirando do nosso salário para pagar
psicólogos.” Comentou uma servidora que não quis se identificar temendo
represálias por parte da gestão.
Eliete vieira, presidente do
Sindiserpum chamou a atenção de que os recursos federais não deixaram de chegar
aos cofres da Prefeitura de Mossoró, conforme informações repassadas à
diretoria: “Se consultarmos o site do Fundo Nacional de Saúde vamos verificar que
Mossoró continua recebendo dinheiro para o combate à pandemia, não é justo
tirar direitos daquele que mais precisa de amparo neste momento, que está
cuidando das outras vidas e arriscando a sua”.
No último dia 11, o prefeito
Alysson Bezerra publicou no Jornal Oficial de Mossoró (JOM), a portaria nº
676/2021, revogando portaria anterior, de número 696/2020, publicada em maio do
ano passado, que assegurava 40% de insalubridade aos profissionais da Saúde que
estivessem na linha de frente ao enfrentamento à pandemia de Covid-19.
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